[27 de novembro de 2007]

Sexto

Procurar o que não posso encontrar, encontrar o que não quero ter. Amar quem não me quer, ser amada por quem não quero. A vida é contraditória, mas ainda assim, é única que conheço. Busque o que você quer, mas se agarre ao que você pode.

Perder o que você mais aprecia, ter o que não te tem valor. Ter saudades do que você nunca mais terá, não sentir nada pelo que você nunca perderá. Gostaria de acreditar que as coisas não são tão confusas quanto as vejo, ou as pessoas tão frias quanto as imagino. Mas infelizmente meu mundo é feito de fatos, fatos esses que não posso ignorar, fatos que machucam e me fazem crescer.

Talvez eu devesse ficar grata pelo amadurecimento que me proporcionam, ou amargurada pela insegurança que me causam, mas apenas tento passar por cima deles. Nunca descobri se essa é a coisa certa a fazer, mas de tudo o que descobri, conclui que é a que menos fere.



- Postado por Anônimo às 20:21.

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[15 de novembro de 2007]

Quinto

Alguém já parou pra pensar naquelas frases que sempre ouvimos? ‘Quem espera sempre alcança’ ou ‘Se você não correr atrás, nada cai aos seus pés’. Agora me respondam, qual das duas devo usar? Já tentei esperar; esperar respostas, esperar atitudes, mas nunca as obtive. Passo a vida correndo atrás de meus objetivos, e ainda não desisti de ir atrás de meus sonhos, mas não sei por quanto tempo vou agüentar correr atrás de algo que parece se distanciar mais e mais.

Quanto mais se quer algo, mais difícil de consegui-lo, tudo tem um preço, o mais alto é a desilusão, e infelizmente o mais comum.

Quantas vezes você já entrou com a cabeça e o coração em algo, e viu que nem tudo é o que parece? Ou não tem nem vestígios do que parecia. Quantas vezes você acreditou em alguém e confiou como nunca achou que seria capaz, e acabou chorando por ela?

Aprendi a não manter altas expectativas em idéias, sejam elas referentes a planos, coisas ou pessoas, ao menos, quando não se coloca o coração em algo, não tem risco de parti-lo.



- Postado por Anônimo às 19:14.

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[7 de novembro de 2007]

Quarto

Eu ficaria grata se alguém pudesse me explicar, expor teorias sobre o motivo pelo qual parece ser tão divertido iludir pessoas.

Creio que exista algum motivo por trás do simples fato de iludir.

Nos últimos dias, tenho ouvido inúmeras vezes à frase ‘eu queria não me apegar...’. Como eu posso dizer a alguém o que deve fazer, se eu mesma estou tentado descobrir, sem sucesso.

Gostaria de não me apegar às pessoas com tamanha facilidade, gostaria de poder esquecê-las facilmente após uma desilusão, mas apenas não consigo.

Quanto menos quero querer a alguém, mais a quero. Quanto mais quero tirá-la de minha vida, mas fundo ela entra.

Não sei se é ego ferido, coração partido, ou qualquer outro nome que já tenham inventado, sei apenas que é algo além de minha capacidade. Eu quero não sentir, desligar completamente o emocional e focar no racional, mas quanto mais tento, menos consigo. Minha conclusão? Parar de tentar. Se todas as tentativas acabam no resultado oposto ao que espero, se eu parar de tentar, posso conseguir.



- Postado por Anônimo às 21:53.

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[5 de novembro de 2007]

Terceiro

Não sei se esse é um sentimento comum, mas costumo sentir que as pessoas só me querem por perto por breves momentos, como se depois daquele momento, a novidade perdesse a graça. Assim como uma criança com um novo brinquedo, após um tempo novidade se torna velha e algo mais interessante surge fazendo com que ela logo descarte o que era novidade até então.

Nunca sei como agir nesses momentos. Nunca sei o que fiz para que isso aconteça, mas a história sempre se repete, mais cedo ou mais tarde, mas tende a repetir.

Gostaria que as pessoas viessem com um manual de instruções, onde estivesse especificado se devemos continuar tentando, ou devemos apenas deixar e partir pra outra. A vida continua, eu sei, mas gostaria que ela continuasse ao lado das pessoas que gosto, e que acreditava sentirem o mesmo por mim.

O que mais me surpreende, é como pode, aquela pessoa que nunca achamos que nos olharia, que tentaria ter contato conosco, aquela pessoa que nem parece ter interesse em você, muito menos ter algo em comum, e depois de algumas palavras trocadas, você vê suas idéias e medos são parecidos, se não os mesmos. Que vocês tem muito mais em comum do que aquela outra pessoa que você achava que era igual a você.

Essas pessoas das quais você nunca tentaria se aproximar, podem, no fim, ser aquelas que vão ficar ao seu lado por muito tempo, te apoiando e enfrentando tudo o que entrar em seu caminho.



- Postado por Anônimo às 19:43.

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[2 de novembro de 2007]

Segundo

Acreditar cegamente em sonhos é um de meus maiores defeitos. Acreditar que as pessoas são sempre sinceras, é outro. Unir ambos é minha maior burrice.

Palavras bonitas me iludem, falsa admiração me cega.

Costumam me perguntar por que tenho uma paixão desenfreada por filmes e livros. Simples, eles não me machucam, não me enganam, me fazem sorrir. Me iludem, é verdade, mas me fazem acreditar que a humanidade não está perdida. Que as pessoas ainda podem ser sinceras quando se referem a sentimentos.

Até hoje, não encontrei uma pessoa que se abrisse, falasse o que sente, do fundo de seu ser. Escuto tantas palavras bonitas e promessas, vejo tantos sorrisos, e me deixo cegar. Palavras vazias. Um sorriso é uma arma poderosa, machuca quando não é sincero.

Eu queria parar de acreditar em contos de fadas, parar de esperar o príncipe no cavalo branco, o amor verdadeiro, sincero. Queria acordar desse lindo sonho em que vivo, encarar que o mundo não é tão bonito quanto eu gostaria e que palavras não tem o valor que desejo. Ainda assim, tenho esperança que sonhos podem ser reais e um dia encontrarei o que procuro. Apenas não por quanto tempo essa esperança existirá.



- Postado por Anônimo às 12:04.

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