Mais um ano que começa, trazendo consigo mais promessas feitas e nunca cumpridas.
Mais idéias de mudança, nunca saídas do papel.
Mais planos e esperanças, que ano após ano, continuam não sendo colocados em prática.
Parece que pra compensar a falsa felicidade e realização que deve-se fingir todo natal, criam-se falsas esperanças de que no próximo ano, elas serão reais.
Certo, não sou uma entusiasta nessa coisa de ‘ano que vem tudo muda’. Nada muda sozinho, nenhuma fada madrinha vai aparecer aqui e falar que minha vida será perfeita de agora em diante, nenhuma boa alma vai me ligar falando que resolveu que sou a pessoa ideal para um trabalho que fará de mim rica, realizada e feliz.
Pessoas são capazes de mudar, se quiserem e tentarem, o mundo continua a mesma coisa fria e vazia que era no ano anterior.
Não perco meu tempo fazendo planos, apenas faço o que acho que tenho que fazer.
Se eu pudesse, te protegeria do mundo.
Se você quisesse, cuidaria de você enquanto fosse possível.
Se estivesse em minhas mãos, faria tua felicidade ser completa.
Se eu pudesse, ignoraria tudo pra estar contigo sempre.
Mas tudo o que posso fazer, é te dizer o que sinto, e repetir até que você compreenda a intensidade dos sentimentos em questão.
Jogando palavras ao vento. Palavras ditas e irreais. Uma imagem a manter aos olhos dos outros, imagem essa, completamente oposta ao que seus próprios olhos vêem ao parar frente ao espelho.
É mesmo tão digno manter uma construção de paredes ocas? Quanto tempo elas suportarão as pancadas da vida? Ou será que essa parte fugiu a tamanha genialidade pré-julgada naquele espelho?